Party: Francesco Tristano x Diana Oliveira x Inês Duarte
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Francesco Tristano
www.francescotristano.com
soundcloud.com/francescotristano
Entre luz e sombra, entre o orgânico e o plástico, entre – diriam alguns – o sagrado e o profano, Francesco Tristano incorpora dois mundos que podem parecer incompatíveis mas que se encontram para a realização da música sem dogmas e sem limites impostos. A escola Clássica e o Techno encontram-se como par incomum, mas que funciona na perfeição.
Francesco, luxemburguês, é pianista clássico (e também clarinetista) e decidiu quebrar barreiras em 2007 quando lança “Not For Piano” (na mui apreciada InFiné) com as suas versões de “The Bells”, de Jeff Mills ou “Strings of Life”, de Derrick May. A partir daí, nada do que pudesse fazer pareceria fora de sítio: havia conquistado o seu território, e fê-lo precisamente ao dissolver fronteiras.
Já teve álbuns masterizados por Moritz von Oswald, já actuou nos palcos mais luxuriantes das salas de concertos mais polidas até aos clubes mais decadentes (e pense-se aqui na decadência como boa e como parte de um mundo nocturno que marca um contraste). Já esteve no Lux em dose dupla numa Green Ray de Carl Craig de boa memória: no piso bar trouxe o seu piano, no piso discoteca um “live act” dançante cheio de maquinaria. E é isto que vamos ouvir: Francesco Tristano debruçando-se sobre as máquinas, trazendo Techno feito no momento presente pelos seus ágeis dedos dominando teclados e ditando ritmos, fazendo-nos dançar e testemunhar – como parte integrante – um dos mais interessantes projectos de exploração da música que, nascendo como futurista, não se pode esquecer de raízes que já há muito com ela andam, mesmo que por vezes não reconhecidas. Tristano no Lux, até ao soar da última nota.
Diana Oliveira
Quem cursa Comunicação Social a dada altura da vida achou, por certo, que teria algo para contar ao mundo. Em que exactos moldes, talvez ainda não soubesse, mas a vontade estava lá. Voltas dadas, e Diana Oliveira acaba por ter na cabine o seu sítio privilegiado para chegar ao público, a música o seu meio de eleição. É, é um método talvez academicamente pouco ortodoxo, mas funciona em maneiras que os que estão sentados a secretárias podem nem imaginar. E ela não só imagina como concretiza, solidamente que se vem estabelecendo no panorama nacional – a Norte, especialmente, onde é presença regular em vários eventos (e integrante do colectivo RDZ) seja como cabeça de cartaz ou no papel de apoio a convidados internacionais de diversos quadrantes. Experiências que a vão ajudando a definir uma identidade musical que não se prende demasiado a amarras certas e a fazem balançar entre o House e o Techno sabendo que são universos grandes, demasiado grandes para se conterem em palavras ou para não haver sequer a tentação de explorar mais além, mais para além do conhecido, do seguro, do provado. Diana regressa ao Lux com oportunidade para mostrar em Santa Apolónia o que o mundo lhe foi mostrando, e o que tem para nos contar de volta.
Textos: Inês Duarte
Bilhetes à venda apenas na noite do evento.
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Francesco Tristano
Between light and shadow, organic and plastic, between – some would say – the sacred and the profane, Francesco Tristano embodies two worlds that might seem incompatible but which come together for the making of music without dogmas or imposed limits. The Classical school and Techno find themselves as an odd pair, but one which works perfectly.
Francesco, Luxembourgian, is a classical pianist (also a clarinetist) and decided to break barriers in 2007 when he released “Not For Piano” (on InFiné) with his versions of “The Bells”, by Jeff Mills, or “Strings of Life”, by Derrick May. From then on, nothing he could do would seem out of place: he had conquered his territory, and he did it precisely by abolishing frontiers.
He had albums mastered by Moritz von Oswald, he has performed in the most luxurious concert halls as well as the most decadent clubs (and here we use decadent as a good thing and a part of nightlife that sets it apart). He’s been at Lux before for a double show, on Carl Craig’s Green Ray event, playing his piano solo upstairs and performing his live act downstairs. And the latter is what he’s bringing us now, along with his machinery, bringing us spur-of-the-moment Techno executed by his agile fingers on his keyboards and dictating rhythms, making us dance and testify – as part of it – one of the most interesting projects of musical exploration, of a kind of music which started out as futurist but cannot and will not forget certain roots, even if sometimes they aren’t obviously recognized. Tristano at Lux, until the last note fades.
Diana Oliveira
Someone who choses to study Social Communication has thought, at some point in their lives, that they would have something to tell the world. Maybe they didn’t know exactly how at the time, but the will was there. Diana Oliveira found her mean of communication in the DJ booth, a privileged way to reach her audience. It is an academically less orthodox method, perhaps, but it works in a way that those sitting at a desk job might not even imagine. And she not only imagines it but sees it through, solidly gaining her space in the Portuguese scene – especially in the North, where she’s a regular presence in various events (and as a part of the RDZ collective), be it as a headliner or supporting international artists from different backgrounds. Experiences that help shape her musical identity, not settling for just one safe ground but balancing between the vast universes of House and Techno, exploring beyond. Diana returns to Lux with the opportunity to show us what the world has told her, and what she has to say about it.
Words: Inês Duarte
Tickets only available at the door.